
Elísio A. J. Moreira
Caro leitor:
Sou Elísio António Jesus Moreira, estou vivo há 59 anos e resido em Aveiro. O tempo que tenho disponível, invisto-o, investigando por minha conta e risco, nalguns temas da História de Portugal. Dedico-me, especialmente, ao período pombalino, entre 1755 a 1765, ao período sebastianista e aos procedimentos inquisitórios. Realizo, também, trabalhos em escultura, cerâmica, desenho e pintura.
A minha formação académica baseia-se na Engenharia e Gestão Industrial, com especialização em Logística, Gestão e Organização Industrial, pela Universidade de Aveiro. Profissionalmente, exerço funções numa multinacional do ramo automóvel.
Este é o meu segundo trabalho, num misto de ficção e tendo por fundo os éditos, escrituras e literatura vaga da época. Procuro com esta história ficcionada levar o amigo leitor para os tempos de Luis Vaz de Camões e d’El-Rei D Sebastião, onde a rudeza do século XVI tudo fazia para que cada dia fosse uma aventura de vida e de morte.
Desejo-lhe uma boa leitura….
Escrevia El-Rei no seu diário: Estamos a perder gente para a conquista. Se Deus nosso Senhor não nos valer, a morte vai pairar sobre as nossas cabeças. Os padres que rezem mais e nós também rezaremos. E rezávamos muito pois também tínhamos muito tempo para isso. Os padres persignavam as caravelas e as naus e incensavam-nas constantemente com os turíbulos que acendiam com pólvora roubada aos canhões e colocada sobre o carvão. Uma chispa de pederneira e, zás, estava ateado.